"Palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?"
Eugénio de Andrade
As palavras traduzem estados de alma, com elas enaltecemos ou destruímos.
Com elas contruímos belos poemas de amor ou levantamos falsos testemunhos.
Por vezes, as palavras ultrapassam-nos e ao utilizá-las o resultado foi diferente do previsto.
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?"
Eugénio de Andrade
As palavras traduzem estados de alma, com elas enaltecemos ou destruímos.
Com elas contruímos belos poemas de amor ou levantamos falsos testemunhos.
Por vezes, as palavras ultrapassam-nos e ao utilizá-las o resultado foi diferente do previsto.
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