Tuesday, August 23, 2011

Inquietude

Olho o espelho e vejo um rosto com rugas emoldurado por muitos cabelos brancos.
São as marcas da passagem do tempo na minha vida.

Olho o meu corpo e sei que já não é o corpo jovem de outrora, tem as marcas dos anos, dos amores, da maternidade tão desejada mas tão exigente.

Olho para dentro de mim e encontro lá escondida, num canto qualquer, a mesma rapariga, a mesma mulher. Sinto que, por dentro, não envelheci. Tenho algumas marcas, algumas rugas, mas sou capaz de continuar a acreditar em novos sonhos, talvez com menos ímpeto e com mais tranquilidade, mas sempre pronta para novos desafios.
Ainda bem que a alma, o coração, onde quer que os sentimentos se alojem, não acompanham o corpo no seu envelhecimento.

Olho as minhas filhas, filhos e netos e agradeço a Deus vê-los jovens e com saúde. Eles são a melhor recompensa da minha vida e peço a Deus que eles se mantenham sempre “jovens” qualquer que seja a sua idade, só assim conseguirão aceitar bem o declínio do corpo físico.

Olho a vida e sei que ainda posso fazer muito. A vida é feita de etapas e há que aproveitar bem cada uma delas e quando uma acaba temos de partir para outra.

A vida é demasiado importante para ser desperdiçada, vivemo-la com alegria.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home