Wednesday, October 11, 2006

Ida à Aldeia

Mais uma ida à terra, quase deserta, que me viu nascer. Os dias estão espectaculares. O frio ainda não chegou e o sol brilha, por vezes, entre nuvens. Há neles uma espécie de magia que me dá prazer. Neste silêncio estranho sinto uma paz e uma tranquilidade Transcendente que me acalma. O gorjeio das aves, o perfume das flores silvestres, o aroma da terra coberta do orvalho matinal, os olhos a brilhar nos rostos enrugados, as plantas a nascerem por todo o lado, numa orgia de liberdade, as árvores a bailar dando-me notas de esperança. Neste paraíso, não há lugar para lágrimas e tristezas. Esta orquestra celestial, este coktail de aromas, este tapete multicolor transporta-me a um passado feliz e faz-me acreditar que vale a pena viver. Quando, à noite, a tristeza me invade penso em tudo isto e abraço o sono sorrindo.

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