Wednesday, June 06, 2007

ESTILO DE VIDA DE MUITAS MULHERES (sem direito aescolha)


Gostei do texto que trancrevo e que retrata bem a vida de muitas mulheres.

"Colaboradora PRECISA-SE

Chegam apressadas. Trajam de ganga ou algodão, saltos altos ou baixos, aspecto simples. Esvaziam os transportes públicos durante o dia. Os horários rotativos permitem ou o almoço com os filhos ou o jantar tardio em família.Na mão, a mala e um saco ou dois. Para a farda e o almoço. À chegada tomam um café e um bolo e abrem as lojas.Sossegam os alarmes ligam as máquinas e vão mudar de roupa, maquilhar-se. Depois, com um sorriso cuidado e uma delicadeza, quantas vezes plástica, estão prontas para o público.O melhor dia decorre sem incidentes e na hora do almoço escondem-se num canto a comer o almoço que arranjado na véspera espera o microondas.Para tomar café saem à rua, olham o sol e consideram-se felizes por poder calcorrear alguns metros de calçada, olhar as montras do lado de fora, sonhar e rir com as amigas.À tarde mais umas horas e a corrida para casa. Os transportes para chegar ao jantar e mais uma corrida para a roupa que precisa ferro, as refeições do dia seguinte para a família o telefonema para a mãe na terra ou para a sogra a contar das melhoras do neto… e a cama tão longe ainda! Podemos parar esta narrativa tão cansativa? Quantos de nós, já a experimentámos? Quantos de nós, aninhados num roupão e chinelos, na cozinha, em casa, esperam o relógio às nove para abrir a janela e dizer bom dia à manhã, sem sentir se choveu ou se fez frio? Quantas pessoas apesar de laborarem cedo não deslizam para dentro do carro estacionado à porta e de má vontade aturam um chefe, que afinal só cumpre a sua obrigação?Quantas pessoas apesar da agenda carregada e dos telefones a tocar todo o dia não chegam satisfeitas ao fim do dia porque fizeram o que gostam e ainda foram pagas para isso?Amanhã quando for a uma loja, nem que seja para comprar umas meias, no supermercado para o leite, ou à sua mulher-a-dias, sorria e agradeça quando se despedir.Esses empregados que nos prestam serviços que desprezamos, mesmo sem querer, merecem toda a nossa admiração. Aturam o nosso mau humor, a nossa falta de delicadeza e, quantas vezes, sabendo do que falam, aturam o nosso “desconhecimento” com um sorriso. Já tinha pensado nisto?"

Artigo de opinião de Graça Rocha publicado no Notícias da manhã de 06 de Junho de 2007


Somos cada vez mais a sujeitarmo-nos a este ritmo de vida. Se queremos alguns dias de férias, um móvel novo para substituir o velho ou um computador para os filhos, não nos podemos dar ao luxo de almoçar fora todos os dias. Antigamente era vergonha trazer o saco com o almoço, hoje muita gente o faz e não precisa de se esconder.
Passei pelo mesmo, mas não me arrependo. Podia ter optado em ter ficado em casa, quando tinha os filhos pequenos e o que ganhava mal dava para pagar a creche, hoje estaria sozinha e à mercê do dinheiro de terceiros. Os empregos nem sempre são os que idealizamos, mas só assim temos o nosso dinheiro não necessitando de depender de outros.
Bjs e bom feriado

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