Friday, June 22, 2007



Mãe, Pai vou mais uma vez à nossa terra. Sinto-me lá bem. Quando à tardinha me sento a aproveitar a brisa fresca, fecho os olhos e sinto-vos ao pé de mim. Sei que sempre se preocuparam comigo. Não se preocupem queridos Paizinhos, herdei de de vós a vossa força e coragem e sei que serão sempre o meu Anjo da Guarda. Sei que me protegerão e me ajudarão a fazer o que tem de ser feito.

Tenho saudades do vosso sorriso e das vossas palavras sábias. Que Deus me ajude a ser uma boa mãe como vocês me ensinaram.

Li este poema de João de Deus, como ele digo o que sinto por vós é uma enorme adoração e uma profunda gratidão.

Tenho muita sorte de ter tido por Pais duas pessoas maravilhosas.


"ADORAÇÃO

Vi o teu rosto lindo,
Esse rosto sem par;
Contemplei-o de longe mudo e quedo,
Como quem volta do áspero degrêdo,
E vê ao ar subindo
O fumo do seu lar!
Vi esse olhar tocante,
De um fluido sem igual;
Suave como lâmpada sagrada.
Benvindo como a luz da madrugada
Que rompe ao navegante
Depois do temporal!
Vi esse corpo de ave,
Que parece que vai
Levado como o Sol ou como a Lua
Sem encontrar beleza igual à sua;
Magestoso e suave,
Que surpreende e atrai!
Atrai e não me atrevo
A contemplá-lo bem;
Porque espalha o teu rosto uma luz santa,
Uma luz que me prende e que me encanta
Naquele santo enlevo
De um filho em sua mãe!
Tremo apenas pressinto
A tua aparição,
E só se me aproximasse mais, bastava
Pôr os olhos nos teus, ajoelhava!
Não é amor o que eu sinto,
É uma adoração!
Que as asas providentes
Do anjo tutelar
Te abriguem sempre à sua sombra pura!
A mim basta-me só esta ventura
De ver que me consentes
Olhar de longe... olhar!"

João de Deus

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