Monday, October 29, 2007

TRISTEZA
Este fim-de-semana fui trabalhar, fiz um intervalo durante a tarde e fui até ao jardim de Belém. Arranjei um local calmo e sentei-me para ler um livro de Ferreira de Castro, A Missão, que tinha comprado no dia anterior no mercado do Príncipe Real (mercado de antiguidades, artesanato e produtos biológicos que se realiza aos sábados no P.Real).
O local estava agradável e a tarde amena mas, sem saber porquê, sentia um aperto de tristeza do qual não me conseguia libertar.
Não consegui agarrar a leitura o pensamento parecia volátil fugia-me e eu não me conseguia concentrar.
Desisti da leitura, fui até ao CCB para ver uma exposição mas desisti também.
Fiquei-me pelo jardim, observei as crianças a brincar e dei-me conta de que não tinha motivos para estar triste. Os meus filhos já foram pequenos e brincavam como aquelas crianças e hoje, adultos, tem a sua vida organizada, são pessoas de Bem e são meus amigos.
Eu sei, que por vezes, já não somos necessários como o fomos no passado e sem nos darmos conta, não organizamos a vida com novos projectos e abrimos a porta à tristeza e quando ela se instala, rapidamente se transforma em solidão.
O passeio fez-me bem, no regresso, depois de beber café e comer um pastel de Belém, já me sentia com mais forças para acabar o dia de trabalho.

"Tristeza

Tristeza
Por favor vai embora
A minha alma que chora
Está vendo o meu fim

Fez do meu coração
A sua moradia
Já é demais o meu penar

Quero voltar aquela
Vida de alegria
Quero de novo cantar

la ra rara, la ra rara
la ra rara, rara
Quero de novo cantar"

Vinicius de Moraes

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

És grande mãe, demasiado grande!

Marta

1:55 PM  
Anonymous Anonymous said...

Tão grande que tanta grandeza é agora herança dos meus primos... grandes como a mãe!

Beijinhos, tia.
Gosto de vir aqui de vez em quando, beber da emoção de quem é uma lutadora da vida!

Ana Leitão

6:13 AM  

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