Wednesday, August 30, 2006

A solidão


Este fim de semana estive numa aldeia do interior onde vivem três pessoas, todas elas com idades superiores a setenta anos. O local é paradisíaco mas muito isolado, a estrada que os serve não tem seguimento, não é um local de passagem. Antigamente vinha muita gente para cultivar todos os pedacinhos de terra, hoje ninguém aparece, as hortas, de outros tempos, estão transformadas em lameiros onde as silvas são rainhas. É difícil imaginar o dia a dia destes idosos.Criaram filhos e trabalharam longe de casa para lhes poder dar uma vida melhor. Os filhos aparecem de vez em quando, mas, apesar da boa vontade, não tem a possibilidade de os tomar a seu cargo como eles fizeram com as gerações anteriores. Os laços vão-se perdendo, a distância, as vivências diferentes, dificultam o diálogo, as visitas são rápidas e pouco se conversa. Os idosos fingem que não percebem e a solidão é cada vez maior. A solidão é um mal dos nossos tempos. Todos nós já a sentimos, pelo menos, por alguns momentos. Mas são os idosos, que perderam o lugar que ocupavam à setenta anos atrás, que mais a setem. É urgente fazer algo que dignifique a idade.

Friday, August 25, 2006

Viagem
Partiste e eu não me despedi de ti. A tristeza tomou conta de mim por uns instantes. Mandei-a embora porque sei que estás bem e que te vais divertir. Vais a caminho de uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Aprecia os seus monumentos como; a Torre de Londres, um dos mais antigos símbolos da cidade, o Big Ben, o Parlamento, a Abadia de Westminster, onde estão sepultados reis e rainhas britânicas, a Catedral de S. Paulo, o Palácio de Buckinghan, entre outros. Os museus e galerias são visitas obrigatórias. Os parques e jardins, entre eles, o Hyde Parque. Espreita, se puderes, a vida noctura e os grandes armazéns.
Espero o teu regresso para te poder abraçar e ouvir as aventuras da tua viagem.
Bjs

Thursday, August 24, 2006

Canção grata

"Por tudo o que me deste
inquietação cuidado
um pouco de ternura
é certo mas tão pouca
Noites de insónia
Pelas ruas como louca
Obrigada, obrigada
Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão
Que bem que me faz agora
o mal que me fizeste
Mais forte e mais serena
E livre e descuidada
Sem ironia amor obrigada
Obrigada por tudo o que me deste
Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão"

Florbela Espanca

Obrigada pelos momentos felizes que partilhamos nestes trinta e dois anos de vida em comum.

Wednesday, August 23, 2006

Viagem a Londres

Mais uma vez partiste. Não é por muito tempo, mas a separação é sempre dolorosa. Quem me dera estar contigo e descobrir a cidade onde o antigo e o moderno se combinam com uma elegância única, descobrir a diversidade cultural, os espaços abertos, as lojas, os restaurantes, os bares, o rio, a arquitectura e, sobretudo, a tranquilidade dos vários espaços verdes e o big ben. Espero que a estadia seja tranquila e que te proporcione momentos muito felizes.
Não te procupes comigo. Vou guardar a saudade e fechá-la a sete chaves, para não ficar triste com a tua ausência. Vou pensar na alegria de reencontro.

Bjs

Tuesday, August 22, 2006

"A nossa casa

A nossa casa, Amor, a nossa casa!
Onte está ela, Amor, que não a vejo?
Na minha doida fantasia em brasa
Costrói-a, num instante, o meu desejo!
Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa?
Sonho... que eu e tu, dois pobrezinhos,
Andamos de mãos dadas, nos caminhos
Duma terra de rosas, num jadim,
Num país de ilusão que nunca vi...
E que eu moro - tão bom! - dentro de ti
E tu, ó meu Amor, dentro de mim..."

Florbela Espanca

Friday, August 18, 2006

Eu sou uma sortuda! Tenho quatro filhos e todos me amam incondicionalmente! E eu a eles!