Tuesday, October 28, 2008

Biblioteca Josè Cardoso Pires em Vila de Rei


No passado dia 26 foi inaugurada a Biblioteca José Cardoso Pires, pelo Presidente da República Professor Cavaco Silva, em Vila de Rei Castelo Branco.



" Discursando na cerimónia de inauguração da Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, Cavaco Silva afirmou ser sua “convicção que o País, no seu todo, tem de assumir a responsabilidade de apostar num desenvolvimento mais humano e mais harmonioso”.
- O interior do País “está como sempre mais longe dos investimentos e do emprego e está despovoado como nunca esteve”, disse hoje o Presidente da República Portuguesa, em Vila de Rei.

Segundo disse, “a coesão territorial e a defesa da nossa identidade exigem uma atenção acrescida dos poderes públicos ao grave problema do despovoamento do interior”.

Relembrando o ano de 1925 como o do nascimento de José Cardoso Pires, Cavaco Silva disse que “nesses tempos, Vila de Rei, apesar da sua posição central, não era ponto de passagem para lado nenhum e aqui poucos vinham”.

“Que estranho e injusto isolamento esse, por ser um isolamento que atingia aqueles que se encontravam precisamente no meio do todo nacional”, afirmou.

“A cultura local atrai forasteiros e esta biblioteca que homenagea José Cardoso Pires revela a aposta da autarquia na cultura como fonte de desenvolvimento uma vez que neste espaço luzirá para sempre o espírito de um grande escritor português”, disse Cavaco Silva.

José Cardoso Pires ‘empresta’ o seu nome à nova biblioteca municipal, numa homenagem ao escritor natural deste concelho que assinala o centro geodésico de Portugal - nasceu na aldeia de São João do Peso - e que faleceu em Lisboa a 26 de Outubro de 1998, aos 78 anos de idade, em consequência de um acidente vascular cerebral grave.

Ana Cardoso Pires, a filha do escritor, disse ter “o maior orgulho em ver o nome da família associado a esta biblioteca e a esta terra, de um interior que não aceita como fatalidade o final triste do concentracionismo destrutivo para que estamos, advertidamente, a ser compelidos”.

“Na realidade, ao inaugurarmos o que objectivamente é uma biblioteca cheia de livros, estamos a contar uma história de luta contra o fatalismo, contra a desertificação e contra a imbecilidade”, afirmou.

“O meu pai nunca fez da Beira cenário dos seus romances mas, contudo, no Peso onde nunca viveu, estão as raízes da sua escrita”, disse Ana Cardoso Pires, hoje com 52 anos.

Com um apoio financeiro de 500 mil euros por parte do Ministério da Cultura, a Biblioteca Municipal José Cardoso Pires significa um investimento global de 2 ME, empregará dez funcionários e englobará também o Centro de Estudos João Maia, padre jesuíta natural da freguesia de Fundada que se destacou na área da literatura popular.

Irene Barata, presidente da autarquia, disse que “numa altura em que tudo é digitalizado, o que pretendemos é preservar e fomentar o gosto pela pesquisa, pela consulta e leitura literária, num contexto de partilha de saberes, e disponibilizando um serviço de qualidade bastante singular na medida em que integra boa parte do espólio literário do escritor José Cardoso Pires, natural deste concelho”.

Cedido pela família de José Cardoso Pires, a nova biblioteca disponibiliza para consulta parte do seu espólio, numa sala dedicada para o efeito, onde se podem descobrir obras oferecidas ao prestigiado escritor e onde se incluem dedicatórias de variados nomes, como Alves Redol, António Lobo Antunes, Eugénio de Andrade, António Alçada Baptista, Mário de Carvalho, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, Jacinto Prado Coelho, entre outros.

Na oacasião foi também inaugurada uma exposição inédita em torno da ilustração de algumas obras de José Cardoso Pires, intitulada “José Cardoso Pires, Ilustrações da Escrita”, patente ao público até dia 15 de Novembro.

Nela podem encontrar-se ilustrações originais de Júlio Pomar e de Sá Nogueira, bem como algumas obras únicas, como “O Grande Fabulário de Portugal e do Brasil” ou o primeiro número de uma edição especial de quinze exemplares da obra “Dinossauro Excelentíssimo”, que contém um desenho original de João Abel Manta e um fragmento manuscrito de José Cardoso Pires.

De entre os serviços a disponibilizar pela nova Biblioteca Municipal, Irene Barata destacou a “leitura presencial e domiciliária, o acesso gratuito à Internet, visionamento de vídeos, audição de música e a realização de formações e conferências”, entre outros.

A presença de Aníbal Cavaco Silva serviu também para a autarquia promover o lançamento do livro “Limite dos Limites”, do historiador José Gaspar Domingos, e com edição da Câmara Municipal de Vila de Rei.

Segundo disse à Lusa Irene Barata, “mercê de aturada investigação, este livro reúne documentação histórica que comprova as nossas razões relativamente ao diferendo territorial que mantemos com a autarquia vizinha de Mação”.

“A manutenção deste pântano sobre os direitos e limites do território deste concelho com o de Mação não pode continuar por não ser consonante com os principios e os valores que enformam o Estado de Direito democrático, onde a civilidade e o respeito pelas leis devem ser a regra”."

MYF

Lusa

Wednesday, October 22, 2008

CHUVA E FRIO

Apareceu a chuva. No sábado, a chuva, provocou cheias em Lisboa, nomeadamente, na zona de Sete-Rios. Parece impossivel que as cidades não estejam preparadas para um período de chuvas mais intenso.
O frio também já deu um ar da sua graça. É o Outono a afirmar-se com as suas características.
Eu não gosto das chuvas e nem do frio. Sei que é necessário, mas não gosto. Nesta época, nos meus tempos livres, tento ler um bom livro, ir ao cinema e estar com os amigos, se possível junto de uma crepitante lareira.


Provérbio

"Quem semeia ventos colhe tempestades"

Wednesday, October 15, 2008

Respeito pelo outro

Aceitar conviver com outra pessoa respeitando a sua individualidade nem sempre é fácil, mas é fundamental numa relação.

Tuesday, October 14, 2008

A MUDANÇA


A mudança é sempre possível mas, por vezes, mudar doi, doi muito.
Mudamos porque a vida é feita de opções e porque julgamos que mudamos para melhor. Sabemos que nem sempre isso acontece mas, se não tentarmos nunca saberemos o que aconteceria.
A maior dor é quando temos consciência que é necessário mudar a nível de afectos e não temos coragem para o fazer.
O outro é gente de carne e osso e há a dificuldade, em alguns casos, de saber se o mal que nos provoca é maldade ou fruto de alguma demência.
Se tudo fosse preto ou branco, bom ou mau, quente ou frio, tudo seria mais fácil.

Assim, continuamos a viver, na zona cinzenta, morna ou assim assim, sem ter coragem de tentar a mudança.

Talvez um dia, talvez um dia......

Friday, October 10, 2008

Fim-de-semana

Mais um fim-de-semana à porta. Mais uma ida ao meu refúgio, ou seja, à terra onde nasci. Tenho muita sorte por ter um lugar para fugir da rotina.

A lei mudou e os meus porojectos, para depois da reforma, também mudaram, mas não totalmente. Enquato tiver saúde, as idas às minhas origens serão uma constante; a horta, o jardim e os fins de tarde sentada na varanda com amigos ou a ler um livro são um básamo para esquecer os cabelos brancos, as rugas e a idade que os outros e o Bilhete de Identidade teimam em não nos deixar esquecer. Não consigo viver sem projectos. Ainda que alguns desses projectos passem por plantar uma flor e acompanhar o seu crescimento, a par destes vão aparecendo outros. Como dizia a Madre Teresa de Calcutá.

"Por detrás de cada linha de chegada há uma de partida.
Por trás de cada ganho há outro desafio.
Enquanto estiveres vivo, sente-te vivo....."

Tuesday, October 07, 2008

PERDÃO

Perdoar a quem nos magoa nem sempre é fácil, mas o tempo tudo cura. Por vezes é necessário fazer algum "luto" para tentar anlisar o que aconteceu e tentar aceitar o outro sem resentimentos perdoando. Se o conseguirmos apodera-se de nós uma tranquilidade que nos faz feliz.


"O fraco jamais perdoa, o perdão é característica dos fortes, dos Grandes"
Gandhi