TRISTEZA
Este fim-de-semana fui trabalhar, fiz um intervalo durante a tarde e fui até ao jardim de Belém. Arranjei um local calmo e sentei-me para ler um livro de Ferreira de Castro, A Missão, que tinha comprado no dia anterior no mercado do Príncipe Real (mercado de antiguidades, artesanato e produtos biológicos que se realiza aos sábados no P.Real).
O local estava agradável e a tarde amena mas, sem saber porquê, sentia um aperto de tristeza do qual não me conseguia libertar.
Não consegui agarrar a leitura o pensamento parecia volátil fugia-me e eu não me conseguia concentrar.
Desisti da leitura, fui até ao CCB para ver uma exposição mas desisti também.
Fiquei-me pelo jardim, observei as crianças a brincar e dei-me conta de que não tinha motivos para estar triste. Os meus filhos já foram pequenos e brincavam como aquelas crianças e hoje, adultos, tem a sua vida organizada, são pessoas de Bem e são meus amigos.
Eu sei, que por vezes, já não somos necessários como o fomos no passado e sem nos darmos conta, não organizamos a vida com novos projectos e abrimos a porta à tristeza e quando ela se instala, rapidamente se transforma em solidão.
O passeio fez-me bem, no regresso, depois de beber café e comer um pastel de Belém, já me sentia com mais forças para acabar o dia de trabalho.
"Tristeza
Tristeza
Por favor vai embora
A minha alma que chora
Está vendo o meu fim
Fez do meu coração
A sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar aquela
Vida de alegria
Quero de novo cantar
la ra rara, la ra rara
la ra rara, rara
Quero de novo cantar"
Vinicius de Moraes
Este fim-de-semana fui trabalhar, fiz um intervalo durante a tarde e fui até ao jardim de Belém. Arranjei um local calmo e sentei-me para ler um livro de Ferreira de Castro, A Missão, que tinha comprado no dia anterior no mercado do Príncipe Real (mercado de antiguidades, artesanato e produtos biológicos que se realiza aos sábados no P.Real).
O local estava agradável e a tarde amena mas, sem saber porquê, sentia um aperto de tristeza do qual não me conseguia libertar.
Não consegui agarrar a leitura o pensamento parecia volátil fugia-me e eu não me conseguia concentrar.
Desisti da leitura, fui até ao CCB para ver uma exposição mas desisti também.
Fiquei-me pelo jardim, observei as crianças a brincar e dei-me conta de que não tinha motivos para estar triste. Os meus filhos já foram pequenos e brincavam como aquelas crianças e hoje, adultos, tem a sua vida organizada, são pessoas de Bem e são meus amigos.
Eu sei, que por vezes, já não somos necessários como o fomos no passado e sem nos darmos conta, não organizamos a vida com novos projectos e abrimos a porta à tristeza e quando ela se instala, rapidamente se transforma em solidão.
O passeio fez-me bem, no regresso, depois de beber café e comer um pastel de Belém, já me sentia com mais forças para acabar o dia de trabalho.
"Tristeza
Tristeza
Por favor vai embora
A minha alma que chora
Está vendo o meu fim
Fez do meu coração
A sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar aquela
Vida de alegria
Quero de novo cantar
la ra rara, la ra rara
la ra rara, rara
Quero de novo cantar"
Vinicius de Moraes