Thursday, August 21, 2008

Jogos Olímpicos, Pequim 2008


Hoje, Nelson Évora conquistou a medalha de OURO no triplo salto, depois de Vanessa Fernandes ter ganho a medalha de PRATA, na prova de trialto, no passado dia 18.

Parabéns aos medalhados e aos que ficaram pelo caminho continuem a treinar e nas próximas competições sejam campeões.


"Pequim, 18 Ago (Lusa) - Lista das 21 medalhas conquistadas por atletas portugueses em Jogos Olímpicos:

1924 PARIS EQUESTRE (Prémio das Nações) BRONZE Aníbal Almeida Hélder Martins José Mouzinho de Albuquerque Luís Cardoso Menezes 1928 AMESTERDÃO Esgrima (Espada por equipas) BRONZE Paulo d'Eça Leal Mário de Noronha Jorge Paiva Frederico Paredes João Sasseti Henrique Silveira 1936 BERLIM EQUESTRE (Prémio das Nações) BRONZE Luís Mena Silva Domingos Coutinho José Beltrão 1948 LONDRES EQUESTRE (Ensino por equipas) BRONZE Fernando Paes Francisco Valadas Luís Mena Silva VELA (Swallow) PRATA Duarte Bello Fernando Bello 1952 HELSÍNQUIA VELA (Star) BRONZE Joaquim Fiúza Francisco Andrade 1960 ROMA VELA (Star) PRATA Mário Quina José Quina 1976 MONTREAL ATLETISMO (10.000 metros) PRATA Carlos Lopes TIRO (Fosso olímpico) PRATA Armando Marques 1984 LOS ANGELES ATLETISMO (Maratona) OURO Carlos Lopes ATLETISMO (Maratona) BRONZE Rosa Mota ATLETISMO (5.000 metros) BRONZE António Leitão 1988 SEUL ATLETISMO (Maratona) OURO Rosa Mota 1996 ATLANTA ATLETISMO (10.000 metros) OURO Fernanda Ribeiro VELA (470) BRONZE Hugo Rocha Nuno Barreto 2000 SIDNEI ATLETISMO (10.000 metros) BRONZE Fernanda Ribeiro JUDO (-81 kg) BRONZE Nuno Delgado 2004 ATENAS ATLETISMO (100 metros) PRATA Francis Obikwelu CICLISMO (Linha em estrada) PRATA Sérgio Paulinho ATLETISMO (1.500 metros) BRONZE Rui Silva 2008 PEQUIM TRIATLO (prova individual) PRATA Vanessa Fernandes"
Notícia da lusa

Mais uma medalha de OURO, a de Nélson Évora no (triplo salto). Assim não são 21 medalhas mas sim 22.

Tuesday, August 12, 2008

DIA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Hoje assinala-se o dia internacional da juventude. Várias inciativas assinalaram este dia, desde a entrada em alguns equipamentos culturais e desportivos até às borlas de alguns transportes. É pena que estas iniciativas sejam pouco publicitadas.
A juventude é generosa e merece ser ajudada a descobrir que o mundo pode ser um pouco melhor com a ajuda de todos, jovens e menos jovens.
Eu recordo com saudade os meus tempos de juventude fiz coisas boas e outras menos boas e foi com conselhos, leituras e o estar atenta ao que se passava à minha volta e sobretudo saber, pelo menos, o que não queria para a minha vida, que encontrei o meu caminho, com algumas quedas, confesso, mas sempre arranjei forças para me levantar e seguir em frente.

Hoje é o dia do aniversário de um jovem que me é muito querido, para ele transcrevo este poema de Fernando Pessoa

Aniversário

"No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!..."

Friday, August 08, 2008

Jogos olímpicos 08-08-08

Hoje, dia 8 do mês 8 de 2008, foi a abertura dos Jogos Olímpicos na China. A cerimónia teve início às 20h00 de Pequim, 13h00 em Portugal. Antes da cerimónia houve um espectáculo protagonizado por 28 grupos de todo o mundo com coreografias tradicionais. Todo este colorido foi de uma grande beleza. A cerimónia mostra as partes mais importantes da civilização chinesa até à actualidade, atravessando cerca de cinco mil anos de história, canta-se o hino dos jogos a duas vozes: por Sarah Brigthman, cantora britânica e Liu Han cantora Chinesa. Seguem-se rituais olímpicos. A cerimónia de abertura correu bem e espera-se que o receio de atentados seja infundado.
Muitos portugueses vão competir em diversas modalidades, espera-se que tragam algumas medalhas.
As medalhas são importantes desde que tudo corra bem, mas o importante é participar com paz e alegria.
Tanto nos Jogos olímpicos como na nossa vida é importante traçar metas e dar o nosso melhor mas, se não for possível chegar em primeiro lugar o importante é não desistir.
Bom Fim-de-semana

Tuesday, August 05, 2008

À ESPERA DAS FÉRIAS

Mais um fim de dia de trabalho, alguns colegas de férias. Trabalho, fadiga, rotina e as minhas férias ainda vêem longe. Apetece-me ouvir o mar. Não olho para tráz, tenho o carro comigo e em vez de ir para casa vou até à Costa da Caparica. Tenho por companhia uma das filhas. O mar, as ruas sem trânsito e com comércio cheias de gente, os livros sempre presentes, a fartura do costume e quando estávamos a entrar para o carro descobrimos a Feira de Artesanato. Mais uma voltinha para visitar as bancas de artesanato. Foi um serão agradável e diferente. Vimos outras gentes, muita cor e o marulhar do mar na noite tranquila e morna de um dia de Agosto. As férias só virão para o fim do mês. Espero que se confirme o ditado popular "Quem ri por último é o que ri melhor".

Boas férias para quem as está a gozar e bom trabalho para quem ainda não as teve.

Friday, August 01, 2008

TER PAZ

Por vezes, penso que ter paz é estar a ver o pôr-do-sol num final de tarde numa praia deserta, ouvir a barulho das ondas e ver as gaivotas à procura dos restos que os veraneantes deixaram na areia.
Por vezes, penso que ter paz é estar na casa de campo sozinha com um bom livro e esquecer as preocupações.

Faz-me falta estar sozinha para me encontrar e organizar ideias. No entanto, sei que tenho um papel a desempenhar neste mundo e isso implica estar atenta aos outros. Sei que não posso passar pela vida é preciso vivê-la ainda que isso implique dor e frustração.
Ter paz é dormir todas as noites com a certeza que cumprimos o nosso dever. A paz passa pela interacção com os outros.


“Achava que era paz
Eu costumava sentir-me em paz à beira dos rochedos, sentindo o vento a soprar-me no rosto...
Eu costumava sentir paz na solidão de alguma praia deserta, entre o marulhar das ondas e o voo das gaivotas
Eu costumava sentir paz no verde das colinas e no topo das montanhas, enquanto namorava o horizonte...
Rios, Riachos, mar, noites de luar, vento, chuva, codornizes, pombas, gaivotas e borboletas davam-me paz.

Mas é claro que estava confuso. Aquilo não era paz era sossego.
Um dia olhei nos olhos de uma criança, nos olhos de um casal nos olhos de um ansião, nos olhos de milhares de jovens e descobri a dor, a tristeza, a esperança e o sonho.
Nunca mais tive sossego. Em compensação nunca mais perdi a paz! É que a paz, para ser paz, precisa de passar pelo outro e não pelas coisas.
Agora vivo em paz – sei a diferença”
Pe. Zezinho